Francisco Régis Clet

Francisco Régis Clet nasceu em 19 de agosto de 1748. Era o décimo dos quinze filhos de Claudine e César Clet.

Francisco fez seus estudos na Escola dirigida pelos Jesuítas, em Grenoble e entrou, em seguida, no seminário diocesano. Era um estudante brilhante. Os Padres da Congregação da Missão eram bem conhecidos em sua cidade e Francisco decidiu seguir a maneira da vida vicentina.

Francisco entrou no Noviciado da Congregação da Missão, em Lyon, no bairro de Fourvière, em 6 de março de 1769. Foi ordenado sacerdote no dia 27 de março de 1773.

Seu primeiro trabalho foi o de professor de Teologia Moral, no Seminário Maior de Annecy, onde era muito admirado e do qual, mais tarde, foi nomeado Superior.

Em 1788, torna-se Diretor do Seminário Interno da Congregação da Missão, na Casa Mãe, em Paris.

Em seguida, apareceram os estragos e as dificuldades da Revolução Francesa e, em 13 de julho de 1789, São Lázaro foi invadido. Os Padres e os Irmãos leigos tiveram que fugir correndo para salvar suas vidas. Voltaram à Casa-Mãe no dia seguinte e constataram que tudo tinha sido saqueado.

Apesar das devastações causadas pela Revolução Francesa, o Superior Geral da Congregação da Missão continua a enviar missionários à China. Francisco Régis Clet se propôs e o Superior o aceitou. Em abril de 1791, ele partiu para a China e chega a Kiang-Si em 15 de outubro de 1792.

Durante quase trinta anos, ele se consagra inteiramente à missão chinesa e se adapta à sua nova maneira de vida, bem como a uma língua particularmente difícil. A maior parte dos Padres entrou na China ilegalmente.

Os Lazaristas, ajudados pelos Padres chineses, trabalharam em diversas Províncias da China, a serviço de mais de 200.000 cristãos. A situação era muito perigosa por causa das perseguições religiosas e deviam evitar serem reconhecidos.

Francisco Régis foi feito prisioneiro em Jinjiagang e jogado mais tarde na prisão de Nan-Yang-Fou. Depois de muitos meses de sofrimentos, por causa das torturas cruéis e brutais, ele foi condenado à morte pelo Imperador. “Vós viestes à China secretamente, vós pervertestes numerosas pessoas, pregando vossa doutrina, e, segundo a Lei deveis ser estrangulado até a morte”. Ele morreu no dia 18 de fevereiro de 1820, perto de Ou-Tchang-Fou, depois de ter sido estrangulado, pendurado numa cruz.


Ele foi beatificado no dia 27 de maio de 1900 e canonizado junto com 119 Mártires chineses, no dia 1º de outubro de 2000. Seu corpo descansa na Casa-Mãe da Congregação da Missão, em Paris.